Caged: Pequenos negócios mineiros geram quase 74% das vagas de trabalho no primeiro trimestre
Setor de serviços liderou a geração de empregos no estado, com mais de 25 mil novos postos entre janeiro e março
Os pequenos negócios mineiros geraram um saldo de 45.809 empregos nos três primeiros meses de 2023, resultado 26,67% superior ao registrado no mesmo período do ano passado. De acordo com o levantamento do Sebrae Minas, com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), o estado registrou o total de 554.812 admissões e 509.003 desligamentos no primeiro trimestre deste ano. As micro e pequenas empresas (MPE) foram responsáveis por quase 74% dos novos postos de trabalho no primeiro trimestre de 2023, enquanto as médias e grandes contribuíram com 26,05% do total de vagas.
Com exceção do Comércio, todos os setores apresentaram saldo positivo de vagas. A diferença entre contratações e demissões em Serviços foi a maior no primeiro trimestre, com 25.900 novos postos. Em seguida, vieram a Indústria de Transformação (10.555), Construção Civil (9.065), Agropecuária (7.259) e Indústria Extrativa Mineral (212). O Comércio registrou saldo negativo de 7.043 vagas. “Nos primeiros meses do ano, o Comércio sofre os efeitos do encerramento das vagas temporárias, o que justifica o desempenho negativo do setor no período”, explica o presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae Minas, Marcelo de Souza e Silva.
Minas Gerais ficou atrás apenas de São Paulo na geração de vagas de trabalho na geração de postos de trabalho – as micro e pequenas empresas paulistas registraram um saldo positivo de 115.029 postos. “No trimestre passado, o saldo de contratações também havia ficado acima de 70%, e isso mostra a importância dos pequenos negócios na geração de empregos. Esse saldo positivo é puxado pelo setor de serviços, mas um aspecto muito interessante, principalmente no mês de março, foram os bons números da Agropecuária”, analisa Marcelo.
Belo Horizonte foi a cidade que obteve maior saldo nas contratações (7.215), seguido por Nova Serrana (2.394), Ipatinga (2.188) e Patos de Minas (2.096). Em contrapartida, Betim (-824), Janaúba (-727) e João Monlevade (-381) obtiveram o pior saldo de empregos.
Por setor
Com saldo de mais de 2,8 mil vagas, a atividade de construção de edifícios foi a que mais empregou trabalhadores nas micro e pequenas empresas entre janeiro e março. Por sua vez, os serviços de Ensino Fundamental obtiveram um saldo de 2.334 postos de trabalho, enquanto o cultivo de alho foi responsável por uma diferença positiva de 1.832 empregos criados. Também no setor da Agropecuária, o serviço de preparação de terreno, cultivo e colheita obteve um saldo de 1.794 vagas.
Já o perfil mais comum nas admissões nos pequenos negócios mineiros são homens na faixa etária de 18 a 24 anos e com Ensino Médio completo. Os dados do Novo Caged mostraram um saldo de 29,2 mil na admissão de homens e de 16,5 mil na contratação de mulheres. Por sua vez, o salário médio de admissão oferecido pelas micro e pequenas empresas foi de R$ 1.708,78, quase R$ 29 a menos que o salário de desligamento.
Caged em março
A análise específica do Novo Caged para o mês de março mostrou que os pequenos negócios mineiros tiveram saldo positivo de 21.925 empregos, o que representa uma queda de 13,1% no comparativo com fevereiro. Em relação ao mês de março de 2022, houve aumento de 128,1% no saldo de postos de trabalho. “Os empresários têm demonstrando mais confiança em suas atividades e isso se reflete no aumento de contratações. Quanto mais confiança, maior a predisposição para investir no próprio negócio”, ressalta Marcelo de Souza e Silva.
O setor de Serviços foi o que gerou mais vagas no terceiro mês do ano, com mais de 9 mil postos de trabalho. A agropecuária registrou um saldo positivo de 5,4 mil vagas, seguido pela Construção Civil (3,6 mil), Indústria de Transformação (2,1 mil), Comércio (1,5 mil) e Indústria Extrativa Mineral (67).
Assessoria de Imprensa | Sebrae Minas