Mesmo com o tarifaço, setor de carne bovina brasileiro bateu recordes históricos em julho de 2025 com aumento de 48,4 % acima de julho de 2024.
Setor de carne bovina brasileiro bateu recordes históricos em julho de 2025, tanto em valores quanto em volume, antes mesmo de serem aplicadas as tarifas americanas extras a partir de 1º de agosto. A China se destaca como principal destino, mas houve crescimento expressivo também em mercados como México e Chile. O desempenho robusto nesse contexto desafia expectativas de impacto negativo do “tarifaço” e mostra a resiliência e diversificação da indústria exportadora.
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Segundo o IstoÉ/Dados da Abiec, também houve recorde em julho:
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Volume embarcado: 313.682 toneladas (alta de 15,6 % sobre junho e 17,2 % sobre julho de 2024).
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Receita: US$ 1,67 bilhão IstoÉ Dinheiro.
Diferenças nas cifras podem ocorrer conforme metodologia (Abrafrigo vs. Abiec) ou tratamento de dados.
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Conforme reportado pelo O Presente Rural com base nos dados do Cepea:
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Volume: 310,2 mil toneladas — 15,3 % acima de junho e 4 % acima do recorde anterior (outubro/24).
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Receita brasileira: R$ 9,2 bilhões.
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EUA: volume estável em cerca de 18.235 toneladas (~5,9 % das exportações). A China aumentou participação de 50 % para 51,1 % do total O Presente Rural.
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O R7 (Record News Rural) destaca que, mesmo com perda estimada de US$ 1 bilhão devido às tarifas americanas, as exportações bateram recorde, impulsionadas especialmente pela China e México
Destaques principais (Canal Rural – Abrafrigo)
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Exportações recordes em julho de 2025:
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Receita: US$ 1,726 bilhão — 48,4 % acima de julho de 2024.
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Volume embarcado: 366.920 toneladas — 27,4 % a mais que o mesmo mês do ano anterior Canal Rural.
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Acumulado de janeiro a julho de 2025:
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Receita total: US$ 9,170 bilhões — aumento de 31,3 %.
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Volume exportado: 2.055.273 toneladas — alta de 19 % em relação ao mesmo período de 2024 (que teve US$ 6,983 bilhões e 1.728.454 toneladas)
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Principais destinos e participação no acumulado:
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China: 790.337 toneladas (44,5 % da receita e 38,5 % do volume) — crescimento de 14,6 % em volume e 33,7 % em receita. Em 2024, foram 689.840 toneladas e US$ 3,052 bilhões.
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Estados Unidos: US$ 1,468 bilhão e 484 mil toneladas — correspondendo a 16 % das receitas e 23,6 % do volume. Porém, houve queda nas vendas após abril; em julho foram apenas US$ 183 milhões.
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Chile: crescimento de volume de 57.241 para 68.804 toneladas (+20,2 %) e receita de US$ 372,9 milhões (+37,6 %).
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México: aumento marcante de 22.892 para 67.766 toneladas (+196 %), com receita passando de US$ 104,5 milhões para US$ 364,8 milhões (+249,2 %).
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Generalização global:
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124 países aumentaram suas importações de carne bovina brasileira.
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48 países reduziram suas compras.
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Apesar da carne bovina não constar nas “exceções” do pacote de tarifas adicionais (o chamado “tarifaço”) imposto pelos EUA a partir de 1º de agosto de 2025 — com uma taxa adicional de 40 %, totalizando 76,4 % — o setor ainda assim alcançou níveis recordes de exportação em julho.
