MORADIA SOCIAL: CAIXA ASSINA PRIMEIRO CONTRATO DE RETROFIT EM MINAS GERAIS
Recuperação do antigo edifício do INSS beneficiará 88 famílias
A CAIXA vai financiar a revitalização do prédio da antiga sede do INSS de Belo Horizonte (MG) para transformação em moradia social. Localizado na rua Caetés, no centro da capital mineira, o edifício abrigará 88 novas unidades habitacionais após a reforma.
O contrato, assinado na última terça-feira (12), entre o banco e a entidade organizadora, prevê o investimento de quase R$ 21 milhões, oriundos do Fundo de Desenvolvimento Social (FDS).
Após anos de abandono, o prédio recebeu, em 2015, as ocupações Zezéu Ribeiro e Norma Lúcia. Quase uma década depois, foi indicado para habitação social. Por meio do Minha Casa, Minha Vida Entidades, o edifício de oito andares será inteiramente renovado e destinado a famílias que atendem aos critérios do programa, com renda familiar de até R$ 2.850.
O superintendente de Rede da CAIXA na região Belo Horizonte Leste, João Maurício de Rezende, destacou o compromisso do banco em fazer a diferença para o país. “O Retrofit é muito mais que um investimento em infraestrutura. Ele materializa o propósito da CAIXA de transformar a vida das pessoas. Este projeto vai além da revitalização de um imóvel, pois valoriza a história e fortalece os laços das comunidades, respeitando a identidade e a memória dos lugares onde vivem. É por meio de ações como essa que reafirmamos nosso comprometimento na promoção das políticas habitacionais”, ressaltou Rezende.
A modalidade Retrofit prevê a recuperação de prédios privados e públicos, antigos e inutilizados, com o objetivo de atualizar os espaços seguindo a legislação vigente e transformá-los em moradia. O uso da técnica é parte da estratégia do Governo Federal para amenizar o déficit habitacional no país, agilizando as entregas, visto que há o aproveitamento da infraestrutura já existente. A promoção da sustentabilidade é outro aspecto positivo do Retrofit, pois reduz a necessidade de novos recursos naturais e o descarte de materiais.
A revitalização do prédio será realizada sem a participação de grandes empreiteiras. O projeto é pelo regime de autogestão, onde os próprios moradores estão ativos em todas as etapas. “Vai ter uma equipe toda pra fiscalizar e ver se vai ser bom pra todo mundo. Cada família vai contribuir tanto nas discussões e decisões sobre o projeto quanto na colaboração da obra”, explica Maria.
Esse modelo participativo reforça a identidade comunitária e garante que as melhorias respeitem as reais demandas dos moradores. A contratação dessa primeira fase da reforma contempla o desenvolvimento de projetos técnicos de engenharia e arquitetura para a requalificação do imóvel. A previsão é que, em até seis meses, a entidade organizadora União Metropolitana por Moradia Popular de Belo Horizonte (UMMPBH) finalize e entregue esses projetos para análise. Após essa etapa, se inicia o cronograma para a fase de contratação da obra.
Minha Casa, Minha Vida Entidades
Com a publicação da Lei nº 14.620 de 13 de julho de 2023, o Programa Minha Casa, Minha Vida evoluiu nos aspectos de qualidade dos empreendimentos, tais como melhor localização, garantindo proximidade ao comércio, equipamentos públicos e melhor acesso ao transporte público.
O programa tem como objetivo promover o direito à moradia a famílias residentes em áreas urbanas, sobretudo as famílias de baixa e média renda, associado a um desenvolvimento urbano e econômico mais equilibrado e inclusivo.
